domingo, 7 de fevereiro de 2010

Imaginário e Ilustrações Digitais

Imaginário e Ilustrações Digitais são as primeiras exposições de 2010 no Museu de Belas Artes de Cataguases. Trata-se dos desenhos e cores de dois nomes das artes digitais: Dounê Spínola e Malu.

A abertura da exposição aconteceu na noite do dia 05 de fevereiro e as salas Francisco Inácio Peixoto e Marques Rabelo receberam mais de 200 pessoas no decorrer do evento. Até o dia 28 de fevereiro, os cataguasenses e visitantes podem apreciar as obras gratuitamente. O Museu abre suas portas entre 08  e 11 horas da manhã e  13 e 10 horas da noite.

Confira abaixo um breve bate-papo com os artístas Dounê Spínola e Malu. Eles falaram sobre arte, processo criativo e novas tecnologias.


DOUNÊ SPÍNOLA



Dounê é nome famoso na cultura em Cataguases. Mas pela primeira vez expõe sua criação para o público em um espaço destinado as artes. Ele faz arte digital. Tem o computador como ferramenta e é encantado com as possibilidades infinitas da máquina. Pudera... Ele vem com um currículo de anos e anos nas artes gráficas, em jornais e revistas,  por onde trabalhou e aperfeiçoou seu olhar sensível em relação às cores e as formas.

MBAC: Quando começou a produzir arte ?
DOUNÊ: Desde o tempo de estudante tive o interesse, naquela época eram outras ferramentas. Depois comecei a trabalhar com artes gráficas e há quinze anos descobri os computadores e o programa photoshop me deu recursos para pintar sem pincel.

MBAC: Outras ferramentas, não é isso? Mais conhecimento também.
DOUNÊ: Isso.Tem o meu conhecimento em artes gráficas, que adquiri "malhando" nas redações de jornais e revistas.Mas é o meu conhecimento em arte que me auxilia no computador. Tem que se atrever a criar.

MBAC: Como é o seu processo de criação?
DOUNÊ:  Algo inesperado. Me inspiro na criatividade. Coloco uma mancha de cor na tela, retoco, faço coisas, mexo, começa a aparecer algo, as formas surgem...

MBAC: Está gostando de expor no Museu de Belas Artes de Cataguases?
DOUNÊ: Eu estou voando. A exposição está maravilhosa. Estou sendo muito bem tratado pela equipe do Museu. Estou feliz.






MALU



Ela nasceu Maria Lúcia Gomes Ferreira, é chamada pelos amigos de Lu. Malu é algo novo, o pseudônimo que ela criou para esse momento. Diz que é para esconder a timidez, apenas por isso. Tem no processo de criação um relaxamento. Lembra com alegria o tempo que trabalhou em uma gráfica e  hoje observa atenta as formas e as cores dos tecidos que ajuda a produzir na Companhia Industrial Cataguases. Malu é um novo nome das artes.

MBAC: Quando você começou a produzir arte?
MALU: É a primeira vez que exponho. Trabalhei em gráfica muito tempo, tinha uma técnica toda especial que me chamava a atenção. Hoje trabalho na sala de revisão de tecidos da Companhia Industrial Cataguases e observo cada detalhe. Mas esses desenhos são de 2009, foi quando surgiu essa ação de sentar no computador e criar. Comecei a pintar cores, riscos, traços, formas...

MBAC: E foi gostando do que via?
MALU: As pessoas começaram a me incentivar. Percebi que estavam gostando

MBAC: E o computador? Como ele surgiu enquanto ferramenta para sua criação?
MALU: É encantador. Eu adoro. Eu amo tecnologia. Passo noites no computador. A maioria das minhas telas são feitas à noite. É algo que me acalma.

MBAC: De onde vem sua inspiração?
MALU: Já fiz uma obra inspirada em um menininho que amo muito e que se chama Gabriel. Mas o que me inspira é a vontade de mexer com as cores. Nunca sei o que vou criar. A inspiração vem no momento que estou ali, no computador. Sei que amo.

MBAC: Você sabe que é uma artísta?
MALU: Não, Que isso! Isso tudo é novo pra mim. Quero conhecer mais. Preciso estudar, descobrir mais recursos.

MBAC: Você está gostando de expor no Museu de Belas Artes de Cataguases?
MALU: Olha... Meu sentimento é de agradecimento. É diferente quando não há recursos para mostrar sua arte. Sou pobre, foi difícil ampliar esses desenhos. Eu me empenhei. Agora eu estou aqui, expondo com o Dounê. Agradeço a confiança que o Museu de Belas Artes colocou em mim.