terça-feira, 1 de junho de 2010

FOTOGRAFIAS E ESCULTURAS

O Museu de Belas Artes de Cataguases recebeu no dia 20 de maio os artistas Cláudio Antunes Machado, Ângela Xavier e João Raul para uma mostra de fotografias e esculturas. Mais de cem pessoas prestigiaram o evento e se encantaram com a criatividade e originalidade das peças.



PASSAREDO
Cláudio expõe fotografias de pássaros nas mais diversas situações. Ele  diz que fotografar as aves é um exercício de paciência, além de ser uma grande aventura. " Lembro de cada momento para chegar a essas imagens, guardo comigo as histórias, os lugares e as horas de concentração para obter a foto desejada, foram usadas máquinas das mais diferentes, algumas fotos com câmeras bem potentes, outras com câmeras caseiras mesmo, o que faz uma foto é o olhar e a vontade do fotógrafo". São quarenta e duas imagens dos mais diversos pássaros, para ele, uma alegria mostrá-las em Cataguases. "A primeira foto completa 20 anos, é um tempo considerável, por isso estou feliz em expor no Museu de Belas Artes", completa.






HISTÓRIA
Quando história, arte e técnica se misturam é certeza de resultados belos e instigantes. É o caso do trabalho de Ângela Xavier, ela é históriadora e também contadora de histórias. Essas características e mais o fato de morar em Ouro Preto faz a simbologia ser algo forte na sua obra. "Gosto de culturas nativas, aquilo que nos deram origem, mistério, forças da natureza, enfim adoro o ser humano cultural", diz a artista. O seu trabalho possui a técnica do raku, possui cores típicas que ela define como cores de Ouro Preto, mas sem dúvida Ângela diz que é sua formação teórica e técnica que a faz diferente.





GALHO DE GOIABEIRA
Cataguarino é um distrito de Cataguases, lá mora João Bidu, nosso artísta popular que usa gravetos do pé de goiaba e erva de passarinho para formar garças, ciriemas, flamingos, corujas e outras aves brasileiras. "Um dia encotrei um graveto, comecei a observar, por todos os lados, fui modelando e vi que parecia uma ave. Fiz o primeiro trabalho há vinte anos e de lá o momento não parei mais, tenho isso como um passatempo que me alegra e aproxima as pessoas de mim, as crianças, os jovens, adoram me ver trabalhando". O trabalho de João chama a atenção de quem mora longe, ele diz que sempre aparecem pessoas em seu ateliê com o objetivo de levar as peças para presentar amigos e parentes em outras cidades, sendo que São Paulo é mais citada por essas pessoas. "Estou muito feliz de expor no Museu de Belas Artes, é a minha primeira exposição e eu queria muito que fosse nesse lugar, que é bonito e tem o respeito das pessoas que admiram as artes".



A exposição dos três artístas segue até o dia18 de junho. A entrada no Museu é gratuita e os horários são de 08 às 11 da manha e 13 às 22 horas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Roberto Segabinazzi e Olhares

O Museu de Belas Artes recebe entre os dias 16 de abril e 14 de maio duas exposições. Roberto Segabinazzi mostra seus desenhos, pinturas e gravuras, e Luiz Lopes apresenta parte de seu acervo particular. O primeiro é artista de rua, gaúcho que viaja pelo país e assimila as diferentes culturas do povo em sua obra, o segundo é nome forte em Cataguases, que além de suas próprias criações, abriga telas de outros artístas.


Segabinazzi possui variadas fases, para ele o fato de estar em lugares diferentes ao produzir a obra enriquece sua inspiração. "O pincel é meu abrigo", referindo-se ao fato de ser um artísta viajante, cita ainda Mário Quintana, com quem se reconhece na frase "Eu moro dentro de mim mesmo". E essas moradas dão à obra desse gaúcho diferentes temáticas e técnicas.

Olhares traduz o gosto de um artista por outros. "É uma homenagem aos amigos, compartilho o meu olhar com o olhar do público", diz Lopez. A exposição é resultado de compras e trocas realizadas por ele, algumas são presentes dos amigos, que acertaram no alvo em como agradar o artista.





segunda-feira, 15 de março de 2010

Tuca Parma e Casa das Artes

O jovem Tuca Parma mostra seu trabalho no Museu de Belas Artes de Cataguases entre os dias 12 de março e 09 de abril. Ele tem 28 anos e recentemente reuniu diversos artístas da região de Ouro Preto em um local exclusivo para  produção e venda de peças comtemporâneas que enriquecem a arte sacra brasileira.

A Casa de Artes fica próxima a Igreja São Francisco de Assis, na cidade histórica. Essa condição inspira escultores de madeira e pedra sabão, essa última, aliás, ganha um valor especial com a turma de Tuca Parma. Uma das artesãs desenvolve um trabalho com pó da pedra que é matéria prima em Outro Preto. "É o São Francisco ecologicamente correto", brinca Maria Vitória Guerreiro Marçal, ela explica que todo o resto da pedra sabão era desperdiçado, então, com a ajuda de Tuca criou os simpáticos santinhos e seus pássaros em diversas posições. "É uma modelagem sensível e a escolha de São Francisco deve-se ao fato dele ser um santo popular. É um privilégio estar no Museu de Belas Artes de Cataguases, pois no início nossas obras eram expostas na rua e agora é a primeira exposição itinerante da nossa casa".

Quem visitar a exposição  perceberá as diferentes visões de um mesmo lugar com técnicas artísticas diferentes.
"Muitos artístas nos procuram e outros são descobertos. A Casa de Artes é um ateliê democrático", ressalta o marchand Josimar César Guimarães, que representou o artísta Tuca Parma na noite de lançamento da exposição.


Outros nomes que figuram as salas do Museu são Antônio dos Anjos, Inácio Santeiro,Tonico dos Telhados e Mauro Rocha.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Imaginário e Ilustrações Digitais

Imaginário e Ilustrações Digitais são as primeiras exposições de 2010 no Museu de Belas Artes de Cataguases. Trata-se dos desenhos e cores de dois nomes das artes digitais: Dounê Spínola e Malu.

A abertura da exposição aconteceu na noite do dia 05 de fevereiro e as salas Francisco Inácio Peixoto e Marques Rabelo receberam mais de 200 pessoas no decorrer do evento. Até o dia 28 de fevereiro, os cataguasenses e visitantes podem apreciar as obras gratuitamente. O Museu abre suas portas entre 08  e 11 horas da manhã e  13 e 10 horas da noite.

Confira abaixo um breve bate-papo com os artístas Dounê Spínola e Malu. Eles falaram sobre arte, processo criativo e novas tecnologias.


DOUNÊ SPÍNOLA



Dounê é nome famoso na cultura em Cataguases. Mas pela primeira vez expõe sua criação para o público em um espaço destinado as artes. Ele faz arte digital. Tem o computador como ferramenta e é encantado com as possibilidades infinitas da máquina. Pudera... Ele vem com um currículo de anos e anos nas artes gráficas, em jornais e revistas,  por onde trabalhou e aperfeiçoou seu olhar sensível em relação às cores e as formas.

MBAC: Quando começou a produzir arte ?
DOUNÊ: Desde o tempo de estudante tive o interesse, naquela época eram outras ferramentas. Depois comecei a trabalhar com artes gráficas e há quinze anos descobri os computadores e o programa photoshop me deu recursos para pintar sem pincel.

MBAC: Outras ferramentas, não é isso? Mais conhecimento também.
DOUNÊ: Isso.Tem o meu conhecimento em artes gráficas, que adquiri "malhando" nas redações de jornais e revistas.Mas é o meu conhecimento em arte que me auxilia no computador. Tem que se atrever a criar.

MBAC: Como é o seu processo de criação?
DOUNÊ:  Algo inesperado. Me inspiro na criatividade. Coloco uma mancha de cor na tela, retoco, faço coisas, mexo, começa a aparecer algo, as formas surgem...

MBAC: Está gostando de expor no Museu de Belas Artes de Cataguases?
DOUNÊ: Eu estou voando. A exposição está maravilhosa. Estou sendo muito bem tratado pela equipe do Museu. Estou feliz.






MALU



Ela nasceu Maria Lúcia Gomes Ferreira, é chamada pelos amigos de Lu. Malu é algo novo, o pseudônimo que ela criou para esse momento. Diz que é para esconder a timidez, apenas por isso. Tem no processo de criação um relaxamento. Lembra com alegria o tempo que trabalhou em uma gráfica e  hoje observa atenta as formas e as cores dos tecidos que ajuda a produzir na Companhia Industrial Cataguases. Malu é um novo nome das artes.

MBAC: Quando você começou a produzir arte?
MALU: É a primeira vez que exponho. Trabalhei em gráfica muito tempo, tinha uma técnica toda especial que me chamava a atenção. Hoje trabalho na sala de revisão de tecidos da Companhia Industrial Cataguases e observo cada detalhe. Mas esses desenhos são de 2009, foi quando surgiu essa ação de sentar no computador e criar. Comecei a pintar cores, riscos, traços, formas...

MBAC: E foi gostando do que via?
MALU: As pessoas começaram a me incentivar. Percebi que estavam gostando

MBAC: E o computador? Como ele surgiu enquanto ferramenta para sua criação?
MALU: É encantador. Eu adoro. Eu amo tecnologia. Passo noites no computador. A maioria das minhas telas são feitas à noite. É algo que me acalma.

MBAC: De onde vem sua inspiração?
MALU: Já fiz uma obra inspirada em um menininho que amo muito e que se chama Gabriel. Mas o que me inspira é a vontade de mexer com as cores. Nunca sei o que vou criar. A inspiração vem no momento que estou ali, no computador. Sei que amo.

MBAC: Você sabe que é uma artísta?
MALU: Não, Que isso! Isso tudo é novo pra mim. Quero conhecer mais. Preciso estudar, descobrir mais recursos.

MBAC: Você está gostando de expor no Museu de Belas Artes de Cataguases?
MALU: Olha... Meu sentimento é de agradecimento. É diferente quando não há recursos para mostrar sua arte. Sou pobre, foi difícil ampliar esses desenhos. Eu me empenhei. Agora eu estou aqui, expondo com o Dounê. Agradeço a confiança que o Museu de Belas Artes colocou em mim.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Museu de Belas Artes de Cataguases


O Museu de Belas Artes de Cataguases, localiza-se no prédio da antiga fábrica de fiação e tecelagem da cidade mais modernista de Minas Gerais. Atualmente exibe para o público, em forma de exposição, uma série de obras de conceituados artístas das Gerais.
Amplo espaço. Acústica agradável. Iluminação adequada. Climatização especial. De mais nada precisaria as artes plásticas e visuais para se manterem belas e eternas. Mas no Museu de Belas Artes de Cataguases, elas ainda contam com a visitação mensal média de 600 pessoas. São homens e mulheres, de todas as idades e classes socais, que acreditam no poder transformador da arte.
As portas desse museu estão abertas todos os dias de oito às vinte duas horas. Sua estratégica posição na cidade permite que seja visto e lembrado por 70 mil pessoas, que trafegam todos os dias por Cataguases.